segunda-feira, 12 de março de 2012

Testemunho Vocacional




Sou Hilda Teles Souza, nasci 24 /01/ 1965, em Ladainha, município de Teófilo Otoni, MG. Sou a terceira filha, numa família de dezesseis filhos. De família muito pobre, mas rica do amor de Deus. Nunca se via ninguém reclamando do que comer, nem vestir. Meu pai sempre foi um homem lutador e pode-se dizer que deu sua vida pela família, juntamente com minha mãe.
 Chegamos a Conchal Branco, bairro pertencente a Sete Barras, SP. Deus foi abrindo os caminhos. Depois meu pai conseguiu um terreno num lugar chamado Caiacanga, hoje Votupoca, pertencente a Registro. Deus ia abençoando o sacrifício da família.
Como surgiu minha vocação? Desde pequena minha mãe sempre me pegava em flagrante meditando, pensando, olhando a natureza... Em casa se ouvia muito a Rádio Aparecida. Também gostava de ouvir os Padres Redentoristas que falavam com entusiasmo de nossa Mãe Aparecida, e principalmente o Padre Vítor Coelho.
 Um dia fui à Missa na Matriz com minha irmã mais velha, e ela me incentivou a falar com uma Irmã que estava por ali, eu nem me lembro o que disse, mas não foi pra frente nossa comunicação.
 Sempre juntas, Gilda e eu começamos a participar dos encontros e retiros vocacionais. Quando eu encontrava os jovens vocacionados e perguntava como estavam, respondiam que estavam pensando. Pensava comigo mesma: até quando vão ficar pensando?
 Entramos em contato com as Irmãs Carlistas Scalabrianas. Minha irmã Gilda quis conhecer as Irmãs Carmelitas de Aparecida. E ela me disse: “Vou para o Carmelo.” Eu disse para ela: “Você entrar para o Carmelo, para nunca mais vir aqui em casa? Nunca!” Nem houve mais comentários...
 Tudo de acordo com a Mestra, pedi a um Padre de Aparecida que me mandasse o endereço das Carmelitas de Aparecida. As Irmãs Carmelitas, por sua vez, me mandaram vários endereços de outros Carmelos para eu escolher o que fosse mais perto para mim. Escolhi Curitiba, pois me parecia o mais perto.
 Parti no dia 11 de janeiro de 1987. Chegando ao Carmelo recebi o nome de Irmã Teresinha do Menino Jesus, primeiramente por eu ser devota de Santa Teresinha, a Santa das rosas, e também por causa de minha mãe, que tem esse nome.
 Estava feliz e segura de que aqui era o meu lugar. Foi um pouco difícil a adaptação, por causa dos costumes, mas logo já fui me entrosando melhor com a comunidade. Veja aí como Deus faz as coisas. Ele mesmo foi me levando pelos caminhos que ele quis até chegar aqui. Sabendo Ele que eu não era capaz de entrar no Carmelo primeiro, foi preciso passar pelo processo de aceitação.
 Fiz com a graça de Deus 25 anos de vida religiosa no Carmelo. Sou muito feliz e grata a Deus que me escolheu, sem mérito algum de minha parte, somente porque Ele quis.

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